Verdade que floresce
10/30/20251 min ler


Tem dias em que o jardim interior parece um deserto com um único cacto ... mal-humorado.
Acorda meio torto, meio seco, cheio de espinhos opinando sobre tudo.
E a gente logo pensa: “Pronto, minha fase florida acabou. Agora sou planta de deserto.”
Mas calma. Nem tudo que parece murchar morreu — às vezes só precisa de silêncio, café e um pouco de verdade.
No livro Verdades sobre o Meu Jardim, a Hannah quase surtou quando viu suas flores desbotando.
Não era falta de sol, nem de água. Era excesso de palpiteiro.
Uma besoura sem noção andava espalhando críticas pelo jardim:
“Essa pétala é muito vermelha”,
“Essa flor já deu o que tinha que dar”.
E, claro, as flores acreditaram. Porque até margarida tem crise de identidade.
A lição é simples e dolorosamente engraçada:
o problema não é a besoura.
É a gente conversando com ela, oferecendo chá e acreditando em cada mentira que ele conta.
Mas Hannah fez o que todo coração corajoso faz — buscou ajuda, lembrou da sua essência e decidiu acreditar no que é verdadeiro.
Resultado? As flores voltaram a cantar, o besouro sumiu (de fome, inclusive) e o jardim virou uma festa.
Talvez seja isso que a vida está tentando nos ensinar:
que a verdade não é um sermão — é uma vitamina.
Ela devolve cor, brilho e até senso de humor.
Então, se hoje você acordou meio murcha, achando que perdeu o timing da primavera, faça o teste:
olhe pro espelho e diga —
“Fui criada com amor (Salmo 139:14), tenho pétalas únicas e não aceito mentiras de insetos.”
Aí espere.
Logo, alguma coisa dentro de você vai começar a florescer.
E quando isso acontecer, o céu vai sorrir junto.
Moral botânica do dia:
A verdade as vezes não é aromática — mas certamente é nutritiva.
E faz o jardim florescer de dentro pra fora.
🌿
Texto: Priscila Sotana — Incredibubble
Da série “Verdades do Jardim”